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WRI Brasil lança novas publicações: 8 Princípios da Calçada e Acessos Seguros

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Há dois anos, Paula Santos, coordenadora de mobilidade urbana e acessibilidade do WRI Brasil, publicava no TheCityFix Brasil um dos conteúdos de maior sucesso na história do blog: os 8 princípios da calçada. O post apresentava princípios qualificadores, compilando referências nacionais e internacionais, para guiar o planejamento, a construção e a manutenção de calçadas para o desenvolvimento de cidades mais ativas e saudáveis. Hoje (25), durante a programação do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), os “8 Princípios da Calçada” se tornaram uma das novas publicações lançadas pelo WRI Brasil.

“As publicações lançadas hoje são ferramentas que as cidades podem usar para desenvolver projetos e transformar o ambiente urbano – sejam as calçadas, seja a rua como um todo – em espaços seguros e atrativos para os pedestres. Os conteúdos se complementam e podem potencializar a mobilidade ativa nas cidades brasileiras”, enfatizou Paula.

Os 8 Princípios da Calçada e Acessos Seguros foram lançadas no terceiro minicurso do TUMI – Iniciativa Transformadora da Mobilidade Urbana, na sessão que debateu o que as cidades podem fazer para melhorar a mobilidade de pedestres e ciclistas. Contando também com a expertise de Igor Albuquerque (ICLEI), Rafael Siqueira (ITDP Brasil), Manfred Breithaupt e Wolfgang Aichinger (GIZ), Gustavo Pinheiro (Fortaleza-CE) e Vladimir Constante (Joinville-SC), o curso apresentou soluções e boas práticas para desenvolver e qualificar os deslocamentos ativos.

Priorizar os modos de transporte ativo requer, essencialmente, uma redistribuição do espaço das vias. As Ruas Completas, explicou Paula, são uma estratégia de redesenho urbano que as cidades podem implementar para incentivar as pessoas a caminharem e pedalarem mais: “Hoje, nas cidades, há muito espaço para modos pouco eficientes. O conceito de Rua Completa propõe uma remodelação do espaço viário para incentivar modos mais eficientes: os meios de transporte ativo, que ocupam menos espaço sem gerar emissões”. Palhoça (SC), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG) são alguns dos exemplos de cidades brasileiras que já implementaram diferentes modelos de ruas completas para priorizar pedestres. “O principal atributo do incentivo ao transporte ativo é a criação de um senso de comunidade entre as pessoas. É um ciclo virtuoso: quanto mais seguros e atrativos forem os espaços, mais as pessoas estarão neles, tornando a cidade mais segura”, encerrou a especialista.

Leia mais: 20 ações para fomentar o transporte ativo no Brasil

Sala lotada para o terceiro minicurso TUMI e o lançamento das novas publicações do WRI Brasil (Foto: Mariana Gil/WRI Brasil)

Calçadas: infraestrutura para pedestres são fundamentais

Os modos de transporte ativo – caminhada e bicicleta, principalmente – contribuem para saúde e, ao mesmo tempo, ajudam a tornar as cidades mais humanas e equitativas, uma vez que as pessoas deixam de usar os carros para os deslocamentos diários. Assim, investir na mobilidade ativa é uma forma de garantir à população o acesso aos bens e serviços necessários no dia a dia, como trabalho, saúde e educação.

As calçadas são o espaço de excelência no que tange à circulação de pedestres e, portanto, uma infraestrutura fundamental para o sucesso da mobilidade ativa em uma cidade. O guia 8 Princípios da Calçada – Construindo cidades mais ativas aborda a temática de forma abrangente, elencando princípios que partem da integração entre regulamentação, planejamento e execução. O documento foi desenvolvido com o objetivo de reforçar a função das calçadas como espaço de convivência entre as pessoas e apresenta subsídios para ações capazes de transformar a realidade a partir do compartilhamento de responsabilidades.

A construção de calçadas que atendam aos oito princípios elencados pelo guia é um passo importante para incentivar que as pessoas caminhem mais nos seus deslocamentos diários:

  1. Espaço Atraente
  2. Sinalização Coerente
  3. Drenagem Eficiente
  4. Dimensionamento Adequado
  5. Segurança Permanente
  6. Conexões Seguras
  7. Acessibilidade Universal
  8. Superfície Qualificada

Os 8 princípios da calçada (Fonte: WRI Brasil)

Acesse a publicação na íntegra.

Acessos Seguros: a importância de estações acessíveis ao transporte coletivo

A mobilidade é um instrumento de inclusão: garante o acesso às oportunidades oferecidas pelos centros urbanos. No Brasil, a maior parte dos deslocamentos diários é feio em modos de transporte ativo ou coletivo. O que nem sempre se enfatiza nas discussões sobre o uso desses modos, porém, é o impacto das condições de acessibilidade das estações no uso do transporte coletivo.

No entorno das estações, muitas vezes são encontradas infraestruturas urbanas que se tornam obstáculos para o acesso dos usuários às estações e acabam isolando o sistema dos usuários. Se sair de casa e caminhar até uma estação de transporte coletivo não for seguro, sem redes de calçadas de qualidade, infraestrutura segura para pedalar, travessias de pedestres sinalizadas ou tempo suficiente nos semáforos, facilmente as pessoas acabam optando pelo transporte motorizado individual.

O guia Acessos Seguros – Diretrizes para qualificação do acesso às estações de transporte coletivo, também lançado hoje (25), apresenta cinco princípios, 16 diretrizes e 38 ações para o desenvolvimento de projetos de qualificação urbana. Intervenções nos acessos às estações impactam uma área mais ampla do que seu entorno imediato e, quando bem planejados, resultam na melhoria dos deslocamentos de toda a região. Confira abaixo os cinco princípios para a construção de acessos seguros:
  1. Priorização de pedestres e ciclistas
  2. Integração eficiente entre os modos de transporte
  3. Segurança e proteção das pessoas
  4. Gestão dos estacionamentos
  5. Qualificação dos espaços públicos
Acesse a publicação na íntegra.

Os minicursos TUMI são uma realização do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, da GIZ e do WRI Brasil, com apoio do ITDB Brasil e ICLEI América do Sul.

As atividades do WRI Brasil no EMDS são apoiadas por: CIFF (Children’s Investment Fund Foundation), Stephen M. Ross Philanthropies, ICS (Instituto Clima e Sociedade), Fedex Express, Arconic Foundation, BMZ (Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha), GIZ, Citi Foundation, Centro de Excelência ALC-BRT e UNEP.


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